INTERPRETANDO MÚSICAS
A Rosa de Hiroxima
Pensem nas crianças Mudas telepáticas Pensem nas meninas Cegas inexatas Pensem nas mulheres Rotas alteradas Pensem nas feridas Como rosas cálidas Mas oh não se esqueçam |
Da rosa da rosa Da rosa de Hiroxima A rosa hereditária A rosa radioativa Estúpida e inválida A rosa com cirrose A antirrosa atômica Sem cor sem perfume Sem rosa sem nada. |
Moraes, Vinicius de. Antologia poética.
01.
Neste poema:
a) a referência a um acontecimento
histórico, ao privilegiar a objetividade, suprime o teor lírico do texto.
b) parte da força poética do texto provém da associação da imagem
tradicionalmente positiva da rosa a atributos negativos, ligados à ideia de
destruição.
c) o caráter politicamente engajado do
texto é responsável pela sua despreocupação com a elaboração formal.
d) o paralelismo da construção
sintática revela que o texto foi escrito originalmente como letra de canção
popular.
e) o predomínio das metonímias sobre as
metáforas responde, em boa medida, pelo caráter concreto do texto e pelo vigor
de sua mensagem.
2.
Os aspectos expressivo e exortativo do texto conjugam-se, de modo mais
evidente, no verso:
a) “Mudas telepáticas”. (v. 2)
b) “Mas oh não se esqueçam”. (v. 9)
c) “Da rosa da rosa”. (v. 10)
d) “Estúpida e inválida”. (v. 14)
e) “A antirrosa atômica”. (v. 16)
03.Levante
hipóteses: O que vem a ser a "rosa de Hiroshima"?
a) Primeira Guerra Mundial (1914-1918)
b) Ditadura militar brasileira
(1964-1985)
c) Ditadura Vargas (1930-1945)
d) A bomba atômica, que eclodiu durante a Segunda Guerra Mundial
(1939-1945)
e) Teoria da relatividade de Einstein.
04.O
poema de Vinícius de Moraes (1913-1980) foi musicado na década de 70 pelo grupo
Secos e Molhados. Em seus versos, constrói-se um apelo para que não seja
esquecida
a :
(A) situação econômica de um país
bombardeado.
(B) potência destrutiva de uma bomba nuclear.
(C) falta de alimento nos países em
desenvolvimento.
(D) presença de crianças e mulheres nas
guerras.
(E) o lirismo a ser colhido de
situações adversas.
05.
Podemos afirmar que o assunto do poema de Vinícius é sobre:
a) as crianças carentes. b)as rosas cálidas.
c) a bomba de Hiroshima d) as feridas do coração.
e) as rosas de um jardim.
06.Podemos
afirmar que a função social do poema de Vinícius é:
a) denunciar os horrores da segunda guerra mundial.
b) enaltecer os feitos heroicos.
c) discutir sobre a importância do
amor.
d) discutir sobre a inutilidade da guerra.
e) Não há função social em poemas.
07.Considere
o título do poema “Rosa de Hiroshima”. A imagem da rosa pode ser associada:
a) aos jardins de Hiroshima. b) à explosão da bomba.
c) às diversas crianças. d) às meninas de Hiroshima.
e) às feridas
08.O
poeta caracteriza as vítimas da guerra ao lançar mão de alguns adjetivos, os
quais fazem referência a diversos traumas pós-guerras. A qualificação das
crianças como “mudas telepáticas ” Evidencia:
a) as alterações genéticas.
b) a dificuldade de quantificar as
vítimas.
c) a quantidade de mortos.
d) os terríveis traumas físicos.
e) os terríveis traumas
psicológicos.
09.A
fim de qualificar a “rosa de Hiroshima”, o poeta lança mão de alguns adjetivos.
Ao afirmar que a rosa é “hereditária e radioativa” o poeta discute sobre :
a) as deformações genéticas deixadas em muitas gerações.
b) as consequências psicológicas dos
sobreviventes.
c) as consequências econômicas da
guerra.
d) as consequências para o solo.
e) o grande número de mortos.
ASA BRANCA
Em
suas composições, ele enaltece o sertão, apresentando seus tipos humanos, seus
problemas, principalmente a seca e as consequências dela advindas. Considerando
o texto abaixo, analise as alternativas que a ele se referem.
Quando
oiei a terra ardendo Qua
fogueira de São João Eu
preguntei a Deus do céu, uai Por
que tamanha judiação Que
braseiro, que fornaia Nem
um pé de prantação Por
farta d'água perdi meu gado Morreu
de sede meu alazão Inté
mesmo a asa branca Bateu
asas do sertão |
"Intonce"
eu disse adeus Rosinha. Guarda
contigo meu coração Hoje
longe muitas léguas Numa
triste solidão Espero
a chuva cair de novo Para
eu voltar pro meu sertão Quando
o verde dos teus oio Se
espalhar na prantação Eu
te asseguro não chore não, viu? Que
eu voltarei, viu? Meu coração |
01.Coloque verdadeiro ou falso nas
afirmativas abaixo :
( V ) A tristeza e o constrangimento do sertanejo
por ter que abandonar sua terra e deixar para trás as pessoas que ama, são os
temas de Asa Branca, que ganhou popularidade, por expressar romanticamente a
realidade do retirante nordestino.
( V ) O poema foi construído com a linguagem
própria da oralidade do sertanejo de uma dada época e oferece imagens
devastadoras das intempéries da natureza que provocam o êxodo rural.
(
V ) Na primeira estrofe, o autor evoca a imagem
da fogueira de São João, a fim de realçar a cultura do sertanejo, que se
sobrepõe às condições penosas e destruidoras da seca do Nordeste.
(
F ) O título da composição do autor pernambucano
traz a designação de uma ave, cuja partida denuncia a proximidade da seca que
se alastra na região. Tal como a asa branca, o homem se distancia de seu
espaço, mas perde a expectativa do retorno.
( V ) A última estrofe associa a cor dos olhos de
Rosinha ao cenário futuro, admissível com o fim da seca. O eu poético entende
que, nesse momento, idealizar a amada seria esquecer as adversidades.
02.
A canção descreve, de forma poética, um dos problemas que afetam
sistematicamente uma região brasileira, agravando problemas sociais cuja origem
possui estreitas relações com o processo de apropriação da terra, de produção
da riqueza e de distribuição da renda. A região descrita e a consequência mais
comum do processo relatado na canção são:
a) o sul do Brasil e o êxodo rural.
b) as regiões agrícolas brasileiras e a migração sazonal.
c) o semiárido
nordestino e a migração para o Centro-Sul e Norte do País.
d) as regiões metropolitanas e a migração
pendular.
03.Esta
música é o hino do sertão. Contada e cantada pelos brasileiros de norte a sul
do país. Analisando a trajetória do homem sertanejo, depreende-se que:
a. A sede, a fome, o desespero, a
tristeza forçaram o homem sertanejo a imigrar de outras partes do Brasil para o
Nordeste.
b. Esta imigração ocorreu pela busca por melhores condições de vida.
c. A música Asa Branca é uma ferramenta
de denúncia de problemas sociais típicos das comunidades pobres do Brasil.
d. Luiz Gonzaga retratou tão bem o homem
nordestino, contribuindo para a construção de uma identidade social e cultural.
e. É possível que as pessoas aceitem,
sem angústia, o sofrimento.
04.
Sobre o texto, é correto afirmar:
a) A falta de progressão temporal é uma
marca do texto.
b) A linguagem possui variantes regionais e variantes culturais e
constatação da inclemência solar na seca duradoura.
c) Focalização de um mundo em tempo
físico de pobreza e a fala "adeus Rosinha / guarda contigo meu
coração" é um exemplo de discurso indireto livre no texto.
d) Sujeito lírico como inventor de
analogias e criador de imagens. ―Pra mim vortá pró meu sertão‖
é um exemplo de variação sintática prestigiada no espaço urbano.
e) Os versos "Quando o verde dos
teus olhos" / "Se espraiá na plantação" apresentam o mesmo tipo
de variante linguística. Secura do espaço geográfico como esterilizadora da
sensibilidade humana.
05.De
acordo com a terceira e quarta estrofe , o sertão, na forma como os
compositores utilizam nas estrofes transcritas da música , pode ser definido
como :
a)Região, pois se refere à área delimitada pelo clima semiárido de
ocorrência da caatinga e sujeira às secas periódicas , mas também tem o sentido
de Lugar , pois , ao se referir ao ‘’meu sertão’’ , o autor demonstra o
sentimento de pertencimento e de identidade para com esta parcela do espaço ;
b)Território, pois remete a um espaço
de controle das elites políticas e econômicas que se utilizam do discurso da
seca para tirar proveito em benefício dos seus interesses e continuar a exercer
o poder sobre este espaço;
c)Região, delimitada pelo critério
exclusivamente econômico, que tem na divisão territorial do trabalho o papel de
fornecedora de mão de obra desqualificada para o Centro –Sul do país;
d)Paisagem, pois nos remete a cenários
distintos: o cinza e a desolação da estação seca que afugenta a asa branca e o
verde e vivaz do período chuvoso das plantações que traz de volta o migrante ;
e)Espaço, pois a dinâmica populacional
está presente através da migração do sertanejo que vai para outras regiões
produzir bens e transformar as paisagens distintas , mas também se reproduzir
enquanto força de trabalho .
TOCANDO EM FRENTE (Almir Sater / Renato Teixeira)
Ando devagar porque já tive pressa |
Como um velho boiadeiro levando a
boiada |
1. Assinale mais de uma alternativa que esteja de acordo
com o texto:
a. Para o poeta, a vida deve ser levada,
tocada como uma boiada, pois não conseguimos entender a imprevisibilidade de
ambas.
b. Só é
possível ser feliz nesta jornada, depois de um toque de Deus, o velho
boiadeiro, que nos impulsiona pela longa estrada da vida.
c. Só através do choro individual e de outros é que
descobrimos o valor de um sorriso.
d. Manhãs, maçãs e
chuva fazem parte da nossa história, já que não somos donos do nosso destino.
e. Segundo o poeta, para se viver, é necessário entender o
andamento da jornada e continuar vivendo.
2. Coloque V para as afirmativas e F
para falso, de acordo com o texto:
a. ( V ) Viver é uma aprendizagem, fruto da observação atenta das alegrias e
dos sofrimentos pelos quais passamos.
b. ( F ) Ser feliz é o destino de todos os seres humanos, independendo das chegadas e das partidas.
c. ( V ) A consciência do significado da vida e o dom da capacidade de
construirmos a nossa história nos deixa mais fortes, mais felizes.
d. ( F ) O poeta tem hoje um sorriso de serenidade porque nunca levou a vida com
ligeireza.
e. ( V ) Para podermos saborear a vida, precisamos vivenciar a paz e o amor,
entre outros fatores que nos mostram que é possível compormos a nossa história
com serenidade.
3. Há várias comparações no texto que nos leva a concluir
que o poeta fala. Marque a única alternativa correta:
a. ( ) da
boiada
b. ( ) do boiadeiro
c. ( ) do sabor das frutas d. ( ) dos dias vividos
e. (X) do dom da felicidade de cada um de
nós
4. Nos versos 5 e 6, o poeta demonstra que se considera um
homem:
a. ( ) orgulhoso b. ( ) sem cultura c. ( ) experiente
d. (X) humilde e. ( ) sem rumo definido.
Responda
com suas palavras:
5. Como era a vida do poeta no passado? Comprove sua
resposta com versos da poesia. A vida do poeta era agitada e sofrida,
demonstrado nos versos 1 e 2 (Ando
devagar porque já tive pressa / E levo esse sorriso porque já chorei demais
6. Quais são as coisas necessárias para a vida do
poeta? Os três
últimos versos da segunda estrofe ( amor, paz, paciência, experiência )
7.A palavra ‘’chuva’’ está empregada de forma
metafórica na poesia. Qual é o seu real significado de acordo com o contexto da
estrofe? Chuva : sofrimento ( passar por um sofrimento
para ficar mais experiente e florir ou seja, crescer )
8.Para o
poeta, o homem é dono do seu destino? Comprove com versos do texto. Cada um de nós compõe
a sua história – Eu vou tocando os dias pela longa estrada, eu sou estrada,eu
vou.
PALAVRAS Marcelo Fromer e Sérgio Britto
Palavras
não são más Palavras
não são quentes Palavras
são iguais Sendo diferentes Palavras
não são frias Palavras
não são boas |
Os
números pros dias E
os nomes pras pessoas Palavras eu preciso Preciso
com urgência Palavras
que se unem Em
casos de emergência |
Dizer
o que se sente Cumprir
uma sentença Palavras que se diz Se
diz e não se pensa Palavras
não têm cor Palavras
não têm culpa Palavras
de amor Pra pedir desculpas [...] |
FROMER, Marcelo: BRITTO, Sérgio. Titãs. O blésq blom, WEA, 1989. 1 CD Faixa 5.
1)
Em quais versos o eu lírico transmite a ideia de que palavras soltas, isoladas
de um contexto, não têm um valor em si? Converse com seus colegas e escolha
três deles. É
observada nos oito primeiros versos e também no décimo sétimo e no décimo
oitavo versos.
2) Segundo a letra da canção, quando é que as
palavras passam a ter importância? Quando há necessidade de comunicação, isto é, para dizer o
que se sente, para pedir ajuda, para
pedir desculpas .
Rap
da Felicidade
“Eu só quero ser feliz,
Andar tranquilamente na favela onde eu
nasci, é.
E poder me orgulhar,
E ter consciência que o pobre tem
lugar.
Fé em Deus, DJ [...]
Minha cara autoridade, eu não sei o que
fazer,
Com tanta violência eu sinto medo de
viver.
Pois moro na favela e sou muito desrespeitado,
A tristeza e alegria aqui caminham lado
a lado.
Eu faço uma oração para uma santa
protetora.
Enquanto os ricos moram numa casa
grande e bela,
O pobre é humilhado, esculachado na
favela.
Já não aguento mais essa onda de
violência.
Só peço a autoridade um pouco mais de
competência [...]
Diversão hoje em dia, não podemos nem pensar.
(RASTA, J; KÁTIA. Rap da felicidade. In: Tropa
de Elite.
Rio de Janeiro: ERMI, 2007).
A
letra do rap “Eu só quero ser feliz” é uma espécie de mapa social das cidades
brasileira. A partir do texto e dos conhecimentos relacionados a essa temática
assinale a alternativa INCORRETA.
a)
As favelas localizam-se geralmente nas periferias ou locais impróprios para a
construção de moradias, com áreas sujeitas à deslizamentos de morros ou sobre
cursos de água poluídos, onde se disseminam doenças;
b)
As metrópoles são lugares onde as diferenças sociais ficam mais claras, pois a
riqueza e a pobreza encontram-se lado a lado e as injustiças sociais aparecem
nitidamente na própria paisagem urbana;
c) O problema relatado na
letra do rap “Eu só quero ser feliz” é característico apenas dos pequenos
centros urbanos, uma vez que o governo federal aplica poucos recursos para
construção de moradias;
d)
Nas cidades, reproduziu-se a rígida divisão de classes, típica do meio rural,
em que uma elite privilegiada convive com a pobreza da maioria da população;
e)
O crescimento das cidades no Brasil é marcado por fortes contrastes sociais,
dentre eles destacamos os elevados índices de violência urbana, a segregação
sócio espacial e a falta de moradia.
Vento do litoral
De
tarde quero descansar Chegar
até a praia e ver Se
o vento ainda está forte Vai
ser bom subir nas pedras Sei
que faço isso pra esquecer Eu
deixo a onda me acertar E
o vento vai levando Tudo
embora... Agora
está tão longe Ver
a linha do horizonte me distrai Dos
nossos planos é que |
tenho
mais saudades Quando
olhávamos juntos Na
mesma direção Aonde
está você agora Além
de aqui dentro de mim... Agimos
certo sem querer Foi
só o tempo que errou Vai
ser difícil sem você Porque
você está comigo O
tempo todo E
quando vejo o mar Existe
algo que diz |
Que
a vida continua E
se entregar é uma bobagem... Já
que você não está aqui! O
que posso fazer É
cuidar de mim Quero
ser feliz ao menos, Lembra
que o plano Era
ficarmos bem... Eieieieiei
! Olha
só o que eu achei Humrun
Cavalos-marinhos... |
RUSSO, Renato. Vento no litoral.
Intérprete: Legião Urbana. In:
Legião Urbana. Legião Urbana V. Brasil: EMI Music, 1991. 1 CD. Faixa 7.
1 -
Relendo a letra, responda:
a) Ao buscar um lugar tranquilo, o eu lírico
encontra na praia o seu refúgio. De que, na verdade, ele deseja descansar? De seu desencontro
amoroso, da desilusão de seus sonhos de amor.
b) Como o eu lírico tenta apagar as possíveis
lembranças que o fazem sofrer? Ele vai em busca da natureza, procura ouvir o vento que
acalma, e brinca com as ondas do mar.
c)Que
advérbio ou locuções adverbiais, na primeira estrofe, situam o lugar onde ele
estava? Até a
praia e nas pedras.
d) Explique por que ele diz, na segunda
estrofe, que: “...o vento vai levando tudo embora”. Além de carregar o que encontra pela frente, o
vento leva consigo as recordações e
tristezas do eu lírico.
2 -
Releia a primeira estrofe.
a) Por que será que o eu lírico quer ir à
praia? Para
esquecer o que faz sofrer, para se livrar do sofrimento e para espairecer.
b) Que advérbio, na primeira estrofe, funciona
como um pressuposto, isto é, sugere que o vento já estava mais forte antes?
Esclareça sua resposta. Porque nos faz pressupor que o vento esteve muito forte, mas
poderia estar mais forte ou não à tarde.
c) Na segunda estrofe, que palavra retoma todo
o conteúdo da primeira estrofe, resumindo-a? O pronome demonstrativo isso, que funciona como
elemento de coesão referencial no texto.
3
- Aos poucos o eu lírico vai falando
de seu desencanto e revela o que o deixou
meio perdido. Releia a terceira estrofe.
a) Interprete este verso: “Agora está tão longe
[....]”. O que se distanciou? A presença física da pessoa amada e o que eles viveram
enquanto se amavam.
b) Ainda na terceira estrofe, o que se pode
concluir quanto ao motivo da separação? Eles passaram a ter sonhos diferentes, não se entendiam mais
e acabaram se afastando um do outro.
c)
Nessa estrofe, que advérbio altera o sentido de outro advérbio? O que ele
expressa? O
advérbio tão, que intensifica o sentido do advérbio de lugar longe.
d) Que locução prepositiva une versos e
advérbios de tempo e lugar, na terceira estrofe? Qual é o seu sentido? Além de : expressa
a ideia de inclusão.
e)
Releia este verso: “Dos nossos planos é que tenho mais saudade”. A locução
destacada chama-se expletiva ou de realce, porque podemos tirá-la sem alterar o
sentido do verso. Com que objetivo ela foi empregada? Para realçar o termo “Dos nossos planos”, que
representa a ideia mais Importante no verso.
f)
Que outro recurso estilístico se empregou para realçar esse termo? A anástrofe, ou
seja, a inversão na ordem da frase. Na ordem direta teríamos: É que tenho mais
saudade dos nossos planos.
g) A ideia de tempo é determinada por quais
palavras na terceira estrofe? Pela repetição do
advérbio agora e pela conjunção subordinativa quando.
h) No último verso da terceira estrofe, por que
ocorre elipse? Não se repetiu o verbo estar, expresso no verso
anterior.
4 -
De acordo com esse último verso, o eu lírico ainda não havia esquecido a
pessoa amada, e esse fato se confirma na quarta estrofe.
a) Explique por que ele prefere culpar o tempo
pelo fracasso de seus planos. Durante algum tempo, era fácil o entendimento entre ele a
amada; mas o tempo fez com que isso acabasse, e o amor se desgastasse.
b) No verso “Agimos certo sem querer”, a palavra
destacada é adjetivo ou advérbio? Por que? Advérbio, pois modifica o verbo agir, expressando modo. Não
caracteriza um substantivo.
c) Releia estes versos: “vai ser difícil sem
você”; “Era ficarmos bem...”. Que
sentido expressam as palavras destacadas? A preposição sem expressa falta ou carência de algo ou
alguém; e o advérbio bem indica o modo como os dois viveriam.
5 -
Apesar da saudade, o eu lírico reage e procura novos caminhos. Releia
a quinta e sexta estrofes.
a)
Interprete o sentido deste verso: “Quero ser feliz ao menos”. O eu lírico deseja
apenas viver com alegria, mesmo não tendo a
pessoa amada ao seu lado.
b)
Na quinta estrofe, a locução conjuntiva subordinativa já que, que constitui um
elemento de coesão entre as estrofes, apresenta que sentido? Exprime a causa ou
o motivo de ele não se entregar.
c) Observe o emprego das interjeições, na
última estrofe. O que elas expressam? Pode ser uma interjeição para chamar a atenção do outro, para
o seu achado ou exprimir a alegria de encontrar os cavalos-marinhos, e a outra,
“Humrun”, pode indicar que ele está pensativo ou feliz diante do fato.
d)Que
relação teria o fato de ele ter achado cavalos-marinhos e a decisão tomada? Talvez esse achado
fosse para ele o prenúncio de uma vida mais feliz, renovada.
e)Observe o emprego das reticências no final
de todas as estrofes, com exceção da primeira. Que sentido elas apresentam no
contexto? Há a
suspensão de um pensamento que parece ainda continuar na mente do eu lírico.
Televisão Titãs
Compositores:
Arnaldo Antunes, Marcelo Fromer e Tony Belloto
A televisão me deixou burro, muito burro
demais
Agora todas coisas que eu penso me
parecem iguais
O sorvete me deixou gripado pelo resto da
vida
E agora toda noite quando deito é boa
noite, querida.
Ô cride, fala pra mãe
Que eu nunca li num livro que um espirro
fosse um virus sem cura
Vê se me entende pelo menos uma vez,
criatura!
Ô cride, fala pra mãe!
A mãe diz pra eu fazer alguma coisa mas
eu nao faço nada
A luz do sol me incomoda, então deixa a
cortina fechada
É que a televisão me deixou burro, muito
burro demais
E agora eu vivo dentro dessa jaula junto
dos animais
Ô cride, fala pra mãe
Que tudo que a antena captar meu coração
captura
Vê se me entende pelo menos uma vez,
criatura!
Ô cride, fala pra mãe!
A mãe diz pra eu fazer alguma coisa mas
eu nao faço nada
A luz do sol me incomoda, entao deixa a
cortina fechada
É que a televisão me deixou burro, muito
burro demais
E agora eu vivo dentro dessa jaula junto
dos animais
Ô cride, fala pra mãe
Que tudo que a antena captar meu coração
captura
Vê se me entende pelo menos uma vez,
criatura!
Disponível em: <http://www.vagalume.com.br/titas/televisao-2.html#ixzz2gTw3hbzd>.
Acesso em: 04
de outubro de 2013.
01.
Há ideia de exagero (hipérbole) em:
(A) “E agora toda noite quando deito é
boa noite, querida”.
(B) “A mãe diz pra eu fazer alguma coisa
[...]”.
(C) “O sorvete me deixou
gripado pelo resto da vida”.
Na canção dos Paralamas do Sucesso,
tem-se a manifestação da função poética da linguagem, que é percebida na
elaboração artística e criativa da mensagem por meio de combinações sonoras e rítmicas.
Pela análise do texto, entretanto, percebe-se, também, a presença marcante da
função emotiva ou expressiva por meio da qual o emissor :
a)
imprime à canção as marcas de sua atitude pessoal, seus sentimentos.
b) transmite informações objetivas
sobre o tema de que trata a canção.
c) busca persuadir o receptor da
canção a adotar um certo comportamento.
d) procura explicar a própria
linguagem que utiliza para construir a canção.
e) objetiva verificar ou fortalecer
a eficiência da mensagem veiculada.
GABARITO:
A
COMENTÁRIO:
Nota-se o uso da 1ª pessoa de forma
predominante na canção, o que caracteriza a presença da função EMOTIVA, que é a
principal representante da expressividade típica do eu-lírico, os textos de
caráter subjetivo.
Dezesseis – Legião Urbana
João
Roberto era o maioral, o nosso Johny era um cara legal. /
Ele tinha
um opala metálico azul, era o rei dos pegas na asa sul , e de todo lugar. /
Quando ele
pegava no violão, conquistava as meninas e quem mais quisesse ver, /
Sabia tudo
da Janis, do Led Zeppelin, dos Beatles e dos Rolling stones,/
Mas de uns
tempos pra ca, meio sem querer, alguma coisa aconteceu/
Johny
andava meio quieto demais, só que quase ninguém percebeu, oh,oh,oh/
Johny
estava com um sorriso estranho, quando marcou um super pega no fim-de-semana,/
Não vai ser
no casebre, nem no lago norte, nem na UNB/
As máquinas
prontas, um ronco de motor / a cidade inteira se movimentou, /
e Johny
disse:-eu vou pra curva do diabo, sobradinho e vocês?/
E os
motores saíram ligados ali, /
Pra estrada
da morte o maior pega que existiu,/
Só deu pra
ouvir, foi aquela explosão, e os pedaços do opala azul de Johny pelo chão/
No dia
seguinte, falou o diretor:-O aluno João Roberto, não está mais entre nós./
Ele só
tinha 16, que isto sirva de aviso pra vocês./
E na saida
da aula, foi estranho e bonito/
Todo mundo
cantando baixinho/ Strawberry fields forever/
e até hoje
quem se lembra,/
diz que não
foi o caminhão/
nem a curva
fatal, e nem a explosão/
Johny era
fera demais pra vacilar assim/
E quem diga
que foi tudo por causa de um coração partido/
Um
coração../
Bye Bye
Johny./
Johny bye
bye
1. A que gênero literário pertence a música
“Dezesseis”?
a) lírico
(expressam-se emoções);
b) dramático (encena-se uma
peça);
c) narrativo (conta-se uma história).
2. As características de um texto narrativo são
personagens, tempo/lugar e ações.
a) Sobre o personagem
principal, identifique-o e fale sobre a personalidade dele descrita no ínício
da música.O
personagem Johny era um cara legal, descolado (maioral), músico e aventureiro.
b) Sobre a descrição do
“tempo” e do “lugar” na música, é possível identificar quando e onde ocorreu a
história? Onde:
na cidade de Brasília (UnB, Sobradinho..); quando (não dá para perceber
exatamente).
c) Sobre “ações”, como
podemos resumir a história apresentando o início, o meio e o fim dela? Início:
apresentação do personagem Johny como um cara legal e cheio de vida; Meio: o
fato trágico do acidente que matou Johny; fim: momento em que o diretor anuncia
a morte de Johny e os colegas da escola se despedem dele.
3. A imagem que João Roberto
aparentava correspondia com o que ele era na realidade? Explique.Resposta pessoal.
(acredita-se que não, porque, por dentro, ele devia estar sentido uma profunda
tristeza (talvez por um amor não correspondido).
4. João Roberto era jovem e
tinha a vida toda pela frente. Você concorda com a postura e a concepção de
amor dele? Resposta
pessoal
5. Releia o texto:
a) Por que a música se chama
“Dezesseis”;Porque
o personagem principal (Johny) tinha apenas 16 anos que morreu em um
"pega" com o carro que ele dirigia.
b) Que mensagem o autor quis
transmitir ao intitulá-la de “Dezesseis”.
Resposta pessoal.
“Pais
e Filhos”, da banda Legião Urbana
Estátuas e
cofres e paredes pintadas
Ninguém sabe o que aconteceu
Ela se jogou da janela do quinto andar
Nada é fácil de entender
Dorme agora
É só o vento lá fora
Quero colo! Vou fugir de casa
Posso dormir aqui com vocês?
Estou com medo, tive um pesadelo
Só vou voltar depois das três
Meu filho vai ter nome de santo
Quero o nome mais bonito
É preciso amar as pessoas
Como se não houvesse amanhã
Porque se você parar pra pensar
Na verdade não há
Me diz, por que que o céu é azul?
Explica a grande fúria do mundo
São meus filhos
Que tomam conta de mim
Eu moro com a minha mãe
Mas meu pai vem me visitar
Eu moro na rua, não tenho ninguém
Eu moro em qualquer lugar
Já morei em tanta casa
Que nem me lembro mais
Eu moro com os meus pais
(refrão)
Sou uma gota d'água
Sou um grão de areia
Você me diz que seus pais não te entendem
Mas você não entende seus pais
Você culpa seus pais por tudo, isso é absurdo
São crianças como você
O que você vai ser
Quando você crescer
1. A que gênero textual pertence esse texto?
a) poema b) música c) cordel
d) prosa
2. Como você descreve o eu-lírico (aquele que se expressa) no texto? O
eu-lírico da música "Pais e Filhos" parece ser uma jovem que
demonstra rebeldia na sua relação com seus pais.
3. Que sentimentos o eu-lírico expressa nesse texto? O
eu-lirico expressa os anseios comuns entre os jovens de buscar explicações para
as coisas complicadas do mundo (Por que que o céu é azul?).
4. Qual a linguagem empregada pelo eu-lírico nos versos?
a) formal b) informal
c) técnica d) regional
5. Identifique no texto um exemplo de palavra ou frase empregada no sentido
figurado? Explique sua resposta."Sou uma gota
d´água". Nesse verso há sentido figurado na expressão "gota
d´água" no sentido de a pequenez da pessoa, quando ela percebe que não é
nada diante da imensidão de alguma coisa (o universo, Deus, etc)
6. O que te chamou a atenção nos versos desse texto? Comente sua resposta.Resposta
pessoal
APESAR DE VOCÊ
Hoje você é quem manda
Falou, tá falado
Não tem discussão
A minha gente hoje anda
Falando de lado
E olhando pro chão, viu [...]
Apesar de você
Amanhã há de ser
Outro dia
Eu pergunto a você
Onde vai se esconder
Da enorme euforia
Como vai proibir
Quando o galo insistir
Em cantar [...]
Inda pago pra ver
O jardim florescer
Qual você não queria [...]
In
Chico Buarque, letra e música. São Paulo: Companhia das Letras, 1989, p. 92.
1.A primeira estrofe faz um retrato do
Brasil sob a ditadura. Para driblar a censura, a linguagem da canção deveria
recorrer à conotação. Quais são as queixas contra ao regime anunciadas nessa
estrofe? A primeira estrofe
denuncia vários aspectos do autoritarismo do regime militar: abuso de
autoridade (“você é quem manda”), a repressão ao debate político, à expressão
de ideias (“falou, tá falado, não tem discussão” / “minha gente hoje anda
falando de lado”), a tristeza do povo reprimido (“olhando pro chão”)
2.A partir da segunda estrofe, uma nova
situação se apresenta
a)A que situação o texto faz
referência? O texto alude a uma
situação de liberdade, de felicidade, quando a repressão do regime Militar
chegasse ai fim.
b) Cite uma metáfora que sintetize
o espírito dessa nova situação. “Galo insistir em
cantar” é uma expressão metafórica para a situação de liberdade a que a estrofe
faz alusão.
3.O título da música, Apesar de você,
sugere, com meias palavras, o mesmo que a frase:
a)A despeito do povo, a democracia
voltará ao país
b)Ainda que venha a sofrer, o povo
prefere a liberdade política à ditadura c)Embora o governo tente impedir, a liberdade voltará a se
instalar no pais.
d)O povo se mantém alegre, mesmo sob o
regime militar
Eduardo e Mônica” da Legião Urbana
Quem um dia irá dizer que
existe razão
Nas coisas feitas pelo coração? E quem irá dizer
Que não existe razão?
Eduardo abriu os olhos mas
não quis se levantar
Ficou deitado e viu que horas eram
Enquanto Mônica tomava um conhaque
Noutro canto da cidade
Como eles disseram
Eduardo e Mônica um dia se
encontraram sem querer
E conversaram muito mesmo pra tentar se conhecer
Foi um carinha do cursinho do Eduardo que disse
– Tem uma festa legal e a gente quer se divertir
Festa estranha, com gente esquisita
– Eu não estou legal, não aguento mais birita
E a Mônica riu e quis saber um pouco mais
Sobre o boyzinho que tentava impressionar
E o Eduardo, meio tonto, só pensava em ir pra casa
– É quase duas, eu vou me ferrar
Eduardo e Mônica trocaram
telefone
Depois telefonaram e decidiram se encontrar
O Eduardo sugeriu uma lanchonete
Mas a Mônica queria ver o filme do Godard
Se encontraram então no parque da cidade
A Mônica de moto e o Eduardo de camelo
O Eduardo achou estranho e melhor não comentar
Mas a menina tinha tinta no cabelo
Eduardo e Mônica eram nada
parecidos
Ela era de Leão e ele tinha dezesseis
Ela fazia Medicina e falava alemão
E ele ainda nas aulinhas de inglês
Ela gostava do Bandeira e do Bauhaus
De Van Gogh e dos Mutantes
Do Caetano e de Rimbaud
E o Eduardo gostava de novela
E jogava futebol-de-botão com seu avô
Ela falava coisas sobre o Planalto Central
Também magia e meditação
E o Eduardo ainda estava
No esquema "escola, cinema, clube, televisão"
E, mesmo com tudo
diferente
Veio mesmo, de repente
Uma vontade de se ver
E os dois se encontravam todo dia
E a vontade crescia
Como tinha de ser
Eduardo e Mônica fizeram
natação, fotografia
Teatro e artesanato e foram viajar
A Mônica explicava pro Eduardo
Coisas sobre o céu, a terra, a água e o ar
Ele aprendeu a beber, deixou o cabelo crescer
E decidiu trabalhar
E ela se formou no mesmo mês
Em que ele passou no vestibular
E os dois comemoraram juntos
E também brigaram juntos, muitas vezes depois
E todo mundo diz que ele completa ela e vice-versa
Que nem feijão com arroz
Construíram uma casa uns
dois anos atrás
Mais ou menos quando os gêmeos vieram
Batalharam grana e seguraram legal
A barra mais pesada que tiveram
Eduardo e Mônica voltaram
pra Brasília
E a nossa amizade dá saudade no verão
Só que nessas férias não vão viajar
Porque o filhinho do Eduardo
Tá de recuperação
E quem um dia irá dizer que
existe razão
Nas coisas feitas pelo coração? E quem irá dizer
Que não existe razão?
1) Apesar de ser um
texto em verso, podemos afirmar que ele se aproxima de:
a) Uma crônica Apesar de ser um texto em
verso, podemos afirmar que ele se aproxima de:
b)
Um conto
c) Uma reportagem
d) Um relato pessoal
2) Em qual estrofe podemos concluir que Eduardo
e Mônica estão apaixonados:
a) 3ª
estrofe b) 4ª
estrofe c) 7ª
estrofe. d) 6ª estrofe.
3) Podemos afirmar que, por se aproximar de uma
narrativa, essa música possui a estrutura sequencial que nos remete a uma
narração. Sendo assim, podemos estabelecer nesse texto a seguinte
estrutura:
a)
Situação inicial: Eduardo e Mônica se conhecem e se apaixonam.
Conflito: Eduardo gosta de jogar futebol de botão com o avô.
Clímax: Eduardo e Mônica decidem ficar juntos.
Desfecho: Eduardo e Mônica constroem uma família.
b) Situação inicial: Eduardo e Mônica se conhecem e se
apaixonam.
Conflito: Um carinha do cursinho do Eduardo chama Mônica para uma festa.
Clímax: Eduardo e Mônica se encontram em uma lanchonete.
Desfecho: Eduardo e Mônica constroem uma família.
c) Situação inicial: Eduardo e Mônica se conhecem
e se apaixonam.
Conflito: Mônica é mais velha que Eduardo.
Clímax: Eduardo e Mônica decidem ficar juntos.
Desfecho: Eduardo e Mônica constroem uma família.
d)
Situação inicial: Eduardo e Mônica se conhecem e se apaixonam.
Conflito: Eduardo não aceita que Mônica seja mais velha que ele.
Clímax: Eduardo e Mônica decidem ficar juntos.
Desfecho: Eduardo e Mônica constroem uma família.
4) As características de Mônica que são
contrárias às características de Eduardo são:
a)Maturidade e independência b) Inteligência e
sociabilidade
c) Independência e gosto por esportes d)Maturidade e sociabilidade
5) Na quinta estrofe são feitas algumas comparações entre Eduardo
e Mônica, mostrando que eram opostos. Os últimos versos dessa
estrofe (“E o Eduardo ainda estava/ No esquema ‘escola, cinema, clube,
televisão’”) revelam que:
a) Mônica
tinha uma rotina bem estabelecida.
b) Mônica não tinha uma rotina bem estabelecida.
c) Mônica gostava da rotina dela.
d) Mônica não gostava da rotina dela.
Só Você - Fábio
Jr. Compositor: Vinicius Cantuária
Demorei muito pra te
encontrar Te abraço e sinto coisas Meu pensamento voa Tava cansado de me
preocupar Agora eu quero ir fundo Salta comigo alto |
Eu quero só você [2x] Te abraço e sinto coisas Meu pensamento voa Tava cansado de me
preocupar Agora eu quero ir fundo Salta comigo alto Eu quero só você [2x] |
1. Releia com atenção a letra da canção “Só você” para
entender bem o que ela diz. Em seguida, responda às questões.
a) De que assunto
trata a canção? Da satisfação de quem ama
por ter encontrado a pessoa amada.
b) A qual público se dirige
essa canção: crianças, jovens, adultos? Justifique sua resposta. Ao público jovem e adulto apaixonado por alguém e/ou apreciador
de músicas românticas.
c) Por quais situações
passou a pessoa que ama antes do encontro? Cite versos.
“Demorei muito pra te
encontrar”; “Tava cansado de me preocupar / Quantas vezes eu dancei / E tantas
vezes que eu só fiquei / Chorei, chorei”.
d) Que verso, na canção,
equivale a uma declaração de amor? Sublinhe-o na letra da canção. “Eu quero só você”.
e) Qual recurso a
canção usa para tornar essa declaração bem evidente? Repetição. A oração “Eu
quero só você” aparece várias vezes na letra (e mais ainda durante a
interpretação).
f) Ao ouvir e ler a
canção, você notou que existem versos ou conjunto de versos que se repetem? Que
resultado o compositor pretende alcançar com
essa repetição? A repetição procura
salientar tanto o tema da canção quanto a melodia a ser gravada por quem a
ouve. Trata-se de um recurso de memorização da canção.
2. Analisando palavras e expressões da letra da canção
a) O verso “Demorei
muito pra te encontrar” pode ser facilmente compreendido. Ele indica para o
ouvinte da canção que havia tempo o eu lírico procurava alguém. Como você
interpreta o verso “Quantas vezes eu dancei”? O verso informa que o eu lírico várias vezes não foi
bem-sucedido; ou seja, se deu mal, não se saiu bem.
b) Nesse verso, que
sentido tem o verbo “dançar”? Tem o sentido de sair-se
mal, de não alcançar o que se espera. Nesse caso, dançar é uma gíria.
c) Cite dois outros
versos da canção em que haja palavras em sentido figurado. Em seguida, explique
o que elas querem dizer. “Meu pensamento voa”;
“Agora eu quero ir fundo lá na emoção”; “Mexer teu coração”; “Salta comigo alto
e todo mundo vê”.
3. Compreendendo a composição da letra da canção. Em dupla,
preencham o quadro a seguir com as informações do texto que vocês acabaram de
ler.
a) Autor do texto e da melodia
Vinicius Cantuária
b) Papel social do produtor ao
escrever o texto Manifestar por meio da
canção – uma expressão artística – sua visão de mundo por intermédio de um eu
lírico que fala sobre amor, sentimentos, ideias e intuições em relação à pessoa
amada.
c) Interlocutor (para quem o
texto foi escrito) Público jovem e adulto
apaixonado por alguém e/ou apreciador de músicas românticas.
d) Intérprete da canção Fábio Júnior.
e) Estilo musical Música romântica
4. Releia os versos da canção “Só você”:
“Demorei muito pra te
encontrar [...] Eu fico louco com você”.
“Te abraço e sinto coisas
que eu não sei dizer / Só sinto com você”.
“Tava cansado de me
preocupar / Quantas vezes eu dancei”.
“E tantas vezes que eu só
fiquei / Chorei, chorei”.
a) Quem fala na letra da canção: um
homem ou uma mulher? Como você chegou a essa conclusão? Um homem. O pronome pessoal “eu” (em primeira pessoa) refere-se
a um homem apaixonado. Alguns adjetivos mostram que se trata de um eu lírico
masculino (“fico louco”, “tava cansado”).
b) O que
você acha que levou Vinicius Cantuária a compor essa canção nos anos 1980? Se
possível, faça uma pesquisa para descobrir.
Resposta pessoal. Os
alunos podem levantar a hipótese de que a música foi composta porque o
compositor estava apaixonado. Nesse caso, é importante discutir com os alunos
as diferenças existentes entre o compositor e o eu lírico da canção.
c) Em sua
opinião, um compositor poderia compor uma canção fingindo ser uma mulher ou uma
criança? Justifique sua resposta. Espera-se que os alunos
respondam positivamente. Nesse caso, é importante que eles levantem hipóteses
sobre as diferenças entre o produtor do texto (compositor, cancionista) e o eu
lírico da canção. Caso a resposta seja negativa, é essencial perceber quais os
argumentos levantados pelo aluno.
GERAÇÃO COCA-COLA
Quando
nascemos fomos programados A
receber o que vocês Nos
empurraram com os enlatados Dos
USA, da 9 às 6 Desde
pequenos nós comemos lixo Comercial
e industrial Mas
agora chegou nossa vez |
Vamos
cuspir de volta o lixo em cima de
vocês Somos
os filhos da revolução Somos
o futuro da nação Geração
Coca-Cola Depois
de vinte anos na escola Não
é difícil aprender |
Todas
as manhas do seu jogo sujo Não
é assim que tem que ser Vamos
fazer nosso dever de casa E
aí então vocês vão ver Suas
crianças derrubando reis Fazer
comédia no cinema com as suas leis |
Renato Russo. Geração Coca-Cola. In:
Legião Urbana.
Em: Legião Urbana. EMI Music, 1985. Faixa 6.
1
- Qual é, segundo o eu lírico, a imagem
que a sociedade tem da sua geração? Justifique com exemplos extraídos da
canção. Segundo
o eu lírico, a sociedade considera o jovem de sua geração fácil de ser
manipulado, passivo, submetido à cultura importada dos Estados Unidos,
aceitando-a sem criticá-la.
2
- Por que o eu lírico se refere a esse
grupo como “Geração Coca-Cola”? Porque a Coca-Cola é uma das marcas mais conhecidas da
indústria estadunidense, além de uma das mais exportadas para todo o mundo.
3
- O eu lírico concorda com essa forma
de ver sua geração? Explique. Não. A canção se contrapõe a essa imagem da “Geração
Cola-Coca”.
4
- O eu lírico se dirige a um
interlocutor por meio do pronome vocês.
a) Esse pronome se refere a uma pessoa específica?
Não, o eu lírico
não explicita quem são vocês na canção.
b) Qual é o efeito de sentido decorrente dessa
estratégia? A
crítica social de “Geração Coca-Cola” assume um tom genérico, talvez dirigida a
todas as pessoas, da geração anterior à do eu lírico, com poder na sociedade.
5
- Leia as informações a seguir.
Em 31 de março de 1964 os militares,
por meio de um golpe de Estado, derrubaram o então presidente João Goulart e
instituíram um regime ditatorial no País. Esse regime durou até 1985, quando,
com a eleição indireta de Tancredo Neves, o país voltou a ter um presidente
civil. O período da ditadura militar é marcada pela censura aos meios de
comunicação e pela forte repressão às manifestações de oposição ao governo, inclusive
com o uso de tortura.
Identifique,
na canção, dois trechos que podem ser interpretados como referências ao período
da ditadura militar. Explique sua escolha. O verso “Depois de vinte anos na escola” pode ser
interpretado como uma referência ao período de duração da ditadura militar
(1964-1984); o verso “Todas as manhas do seu jogo sujo” pode ser entendido como
uma menção à forma condenável de o governo agir; e o trecho “E aí então, vocês
vão ver/ Suas crianças derrubando reis” pode dar a entender que, assim como os
militares derrubaram o governo.
6
- “Geração Coca-Cola” pode ser
considerada uma canção de protesto? Explique. Sim, pois ela contesta a opinião que a maior
parte da sociedade tem de uma geração, além de pôr em xeque os valores daqueles
que estão no poder: “Todas as manhas do seu jogo sujo”.